quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Material cirúrgico é coisa de tatuador e body piercer


Segundo boletim do próprio site da ANVISA (Agência nacional de Vigilância Sanitária) alguns cirurgiões estão utilizando furadeiras industriais em procedimentos cirúrgicos, principalmente na região da cabeça, pelo fato de não contarem com equipamentos adequados (craniótomos) para os procedimentos em questão.

A foto acima por exemplo (clique na mesma para vê-la sem o efeito), foi tirada por médicos do Hospital Azevedo Lima e mostra o momento em que neurocirurgiões empregam uma furadeira elétrica, do tipo das usadas em obras, para abrir o crânio de um jovem de 24 anos, vítima de um acidente de moto em maio deste ano.

Só para constar, este tipo de furadeiras não apresentam controle da rotação e podem aspirar partículas de osso para seu interior acidentalmente. Além disso, não podem ser esterilizadas, contam com uma lubrificação a óleo que pode contaminar o campo cirúrgico e não estão protegidas contra o risco de uma descarga elétrica.

Claro, se tratando do sistema público de saúde, com certeza eles preferem adquirir uma furadeira como esta da foto acima que custa uma média de R$ 100,00 a R$ 150,00 do que um craniótomo, que custa em torno de R$ 80 mil.

Ah, o jovem citado acima sobreviveu. Menos mal!

Fonte: ANVISA e O Globo.

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